AGARREM O PALITO: ESTá ABERTA A éPOCA DOS CARACóIS

Mais cedo do que o habitual, os moluscos gastrópodes terrestres, vulgarmente conhecidos como caracóis, estão de regresso às mesas dos cafés e das esplanadas. Sinónimos de sol e de calor, dizem que o verão está quase a chegar

A receita é clássica, mas cada restaurante ou café tem o seu segredo que leva eterna e inconclusiva discussão de onde se comem os melhores caracóis. Segundo Maria de Lourdes Modesto, no famoso livro Cozinha Tradicional Portuguesa, a receita leva louro, cebola, pimenta, malagueta, alho e azeite, mas muitos são os que optam por também incluir orégãos, e há até que junte ao preparado um caldo Knorr. O importante, quando são servidos, é que satisfaçam quem os come, de preferência com um copo de cerveja como companhia, pão torrado e palitos em abundância. Já agora, com muitos guardanapos, que a tentação de ir com o pão ao molho é grande. Siga estas sugestões do Boa Cama Boa Mesa e vamos a eles.

Apolo 78

É um dos mais famosos “templos” do caracol, e todos os anos faz uma festa a preceito para assinalar o início da época. Deu nas vistas graças às inovações com os moluscos gastrópodes que apresentava todos os anos no Festival do Caracol de Loures, que incluíam pastéis de nata com caracol, empadas e até um bombom de chocolate, feito com doce de ginja e caracol. Para já, da cozinha do Apolo 78, vão sair apenas três propostas: o Prato caracóis cozidos, os Caracóis à Bulhão Pato e a Caracoleta Frita “Kakomoeusey”. A partir de €7.

Rua Díli, 3, Loures. Tel. 965138653

Casa dos Caracóis

Especializada na venda de caracóis para consumo em casa, em alguns dos oito espaços, todos localizados na região de Lisboa, há mesas nas esplanadas, mantendo-se o princípio de que o cliente compra a quantidade pretendida e pode depois consumir à porta. A Casa dos Caracóis começou a servir o petisco, este ano, a 13 de abril, e mantém-se a fórmula de sucesso que é vender às caixas, para duas, três ou quatro pessoas, ou em baldes, como o Jumbo, para grupos grandes. Não deixa de parte a caracoleta assada, vendida à caixa com 35 exemplares. O molho vem num saco à parte. A partir de €9.

Rua Campolide, 370 B/C, Lisboa. Tel. 217271744

O Filho do Menino Júlio dos Caracóis

O nome diz tudo, quer sobre a história da casa, quer sobre as especialidades por ali servidas. Oficialmente o nome é Júlio dos Caracóis, mas tudo começa com a forma como o fundador Júlio Rodrigues era tratado pelos clientes: “menino Júlio”. Quando se lhe segue o filho Vasco Rodrigues, muda de nome, que ainda mantém, apesar das filhas de Vasco, ou seja, a terceira geração, já ajudarem no serviço. No Filho do Menino Júlio dos Caracóis, esta especialidade é vendida em pratos de diversos tamanhos e há também caracoletas assadas. O serviço está preparado para poder levar para casa e fazer um lanche. A partir de €10.

Rua Vale Formoso de Cima, 140 B, Lisboa. Tel. 218596160

Pomar de Alvalade

A época dos caracóis abriu oficialmente no dia 12 de abril, e para já, Carlos Martins, o proprietário, diz que mantém os preços do ano passado, o que agrada aos clientes. São vendidos em pires ou em travessas, com a opção de poderem ser levados para casa, pagando um pequeno suplemento pela embalagem. No Pomar de Alvalade a caracoleta assada é servida em doses com 300 gramas, e a esplanada é o melhor local para os provar. A partir de €5,50.

Rua Marquesa de Alorna, 21C, Lisboa. Tel. 218497460

O Lutador

Apresentam o “Pack Caracolada”, ideal para juntar amigos, já que inclui duas doses de caracóis, quatro cervejas e quatro pães, porque “aquele molho não se pode obviamente desperdiçar”, defendem. Sugerem a esplanada como o melhor local para os degustar, servindo os moluscos gastrópodes terrestres à dose ou à travessa. Naturalmente, a Caracoleta assada também faz parte do menu da tasquinha O Lutador. A arte de fazer caracóis foi aprendida por Maria Vieira, a cozinheira, enquanto Fernando Vieira comanda o serviço às mesas. A partir de €5,50.

Rua da Junqueira, 1C, Lisboa. Tel. 210183099

Restaurante A Tabuense

O orgulho nos caracóis que serve é tanto que o logótipo do restaurante é um caracol com um chapéu de cozinheiro. Entra na luta pelo título dos “melhores caracóis de Lisboa” e usa como argumento os mais de 30 anos de experiência. Para comer no restaurante A Tabuense, os caracóis são servidos ao prato, e as caracoletas em generosas doses de duas dezenas. Abriram a época no dia 24 de abril. A partir de €10.

Avenida do Brasil, 182C, Lisboa. Tel. 218490709

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