QUENTE DA BOCA é UMA ODE à CULTURA MINEIRA NA CAPITAL PAULISTA

Inaugurado em 17 de abril, o restaurante Quente da Boca (@quentedaboca) chega em Pinheiros, em São Paulo, inspirado na cultura e comida mineira, mas de forma singular. Instalado em um charmoso sobrado de 1949 completamente restaurado, seus 300 metros quadrados divididos em dois andares exalam a combinação do rústico da madeira original preservada com o contemporâneo dos reforços metálicos e móveis modernos em projeto assinado por Fabio Bruschini.

Com o objetivo de suscitar aconchego e nostalgia, a casa funciona, inicialmente, durante o café da manhã e almoço oferecendo receitas caipiras revisitadas somadas às cartas de drinques, vinhos e café especial com produtos escolhidos a dedo.

Conheça mais sobre a chef

Quem assina o cardápio é a chef Andreza Chê Biagioni. Formada pela Escola Wilma Kovesi de Cozinha, trabalhou por 11 anos ao lado da chef e consultora gastronômica Ana Soares no conceituado Mesa III e foi indicada pela própria quando o idealizador da casa, o publicitário Francisco Soares Montans, procurava por alguém que desse vida às receitas de infância com um toque autoral.

Francisco, que tinha experiência com exportação de produtos brasileiros, almejava que a fazenda da família, localizada em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas Gerais, fosse além da venda de café verde. Passou a vendê-lo torrado e moído para estabelecimentos em São Paulo e começou a desejar uma casa que fosse sua e que um dos pilares do negócio fosse o café especial dos Montans.

Assim, surge um restaurante que se orgulha de inspirar Minas Gerais e expirar São Paulo, foge de anglicismos e oferece, na contramão de diversos negócios pela cidade, atenção particular ao café servido. Amante da literatura brasileira, Francisco homenageia o mineiro Guimarães Rosa, considerado o maior escritor brasileiro do século XX e que cita “O sertão me produziu, depois me engoliu, depois me cuspiu do quente da boca” em sua principal obra, Grande Sertão: Veredas.

Menu mineiro

No menu do Quente da Boca, entre as opções matinais, servidas das 8h às 11h30 e sem vínculos com brunches americanizados, estão o Ovo cocó e pão na chapa (R$ 22) feito com creme de milho, ovo mole e cheiro verde no pão de fermentação natural, sanduíches como o Cróc Minas (R$ 48), com presunto royale, queijo meia cura, creme de milho gratinado e ovo estalado no pão da casa, Empadinha de carne com jiló (R$ 13), Broa de fubá (R$ 7) e Bolo de gengibre e especiarias (R$ 11).

Durante o almoço, das 12h às 15h30, uma das apostas é a Galinhada do Paraíso (R$ 39) — um dos pratos favoritos de Guimarães — feita com pequi e pimenta-de-cheiro e ladeada de pururuca e picles de maxixe e a Costelinha de porco Diadorim (R$ 69), produzida com molho de café, purê, farofa de broa e couve refogada.

Fecha a seção de comes as guloseimas como o Pudim da Cida (R$ 19) de café com leite, receita de umas das funcionárias da Fazenda dos Montans, e a Da Vó (R$ 29), rabanada com sorvete de baunilha e calda de maracujá. Para acompanhar, cafés feitos com grão da casa: Espresso (R$ 9), Coado v60 (R$ 13) e outras nove opções.

Apesar do Quente da Boca ainda não abrir à noite em sua primeira fase de operação, a carta de alcoólicos está em vigor sob curadoria da especialista em cerveja Carolina Oda e da sommèliere Ana Paula Montesso. Há também opções de cachaças e coquetéis clássicos, como Caipirinhas (R$ 29) e Rabo de galo (R$ 34).

A partir de junho, a casa recebe a própria mercearia abastecida de produtos de pequenos produtores como cafés especiais, queijos, doces caseiros e compotas.

Serviço

Endereço: Rua João Moura 519, Pinheiros

Horário: Terça a sexta-feira, das 8h às 18h30. Sábado e domingo, das 9h às 18h. Fecha às segundas-feiras.

Telefone: (11) 3082 5538 (WhatsApp)

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